sábado, 11 de julho de 2009


Viajor Fugaz

Pelas baladas do violeiro.Pelas cordas de aço.Toco meu som, épico, impetuoso, como garra do carcará, que protege a flor do cerrado.Vou ao encontro do meu destino.Não sei o que vem adiante,nem o que virá!?Teu fogo me consumiu ó Sol,e ainda não se apagou!Teu sopro me guiou para o precipício...Ó quão incrédulo fui, deixei minha terra, sai com minha viola, deixei minhas "rodas" para traz, o couro que antes cintilava, agora jaz em buracos, já posso sentir o solo arder em meus pés.Ó grande sol, dê-me forças para recuperar minhas forças, vou de encontro ao meu destino, não posso fugir do que me persegue.Com um sorriso belo e solene, és tu ó terra, a consumidora da minha alma, és tu tão grande, tão bela, tão dura...Posso ver o rosto do violeiro, viajor fugaz, trovejando canções, inundando o chão com lágrimas...O som da viola se acaba, forças o nobre violeiro não mais tem, o ardor dos dias o fim do crepúsculo, interrompe a curta e breve vida que nos cerca numa muralha no meio do deserto sem fim, encerrando ali, no final de uma canção...
Por: Chrystian Pestana

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